terça-feira, 29 de dezembro de 2009

FELIZ ANO NOVO!!!



FELIZ ANO NOVO!!!

SAÚDE
AMOR
FELICIDADE
ALEGRIAS
SUCESSO
REALIZAÇÕES
MUITA PAZ!!!!


Encontro vocês em 2010!!!

Aproveitem ao máximo!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pernas pro ar...






Finalmente estou de férias...agora é que não sei mesmo quando apareço por aqui...inté!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Na labuta...


O período pré-férias anda me tirando de circulação...trabalho, trabalho, trabalho....

Volto logo, assim espero!

Definitivamente P-R-E-C-I-S-O de férias!

Beijocas em todos

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eletricidade











Doce aroma do toque

Que inebria, dá vertigem

Pele eriçada, pelos levantados

Qual animal ameaçado

Eletricidade que percorre o corpo

Faz pulsar artérias

Torna a alma febril

Produz o suor que liberta

O riso que embriaga

A lágrima que extenua.


Silvia Mara

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Poetisando...


A Pessoa Certa

"Pensando bem...
Em tudo o que a gente vê e vivencia
E ouve e pensa
Não existe uma pessoa certa para nós
Existe uma pessoa
Que se você for parar para pensar
É, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa
Faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é para na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
Pessoa errada tem que aparecer para todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo é que temos que viver
Cada momento
Cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo
É só assim.
É possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito para nós..."


Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Filosofando...




"Perguntas-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo".


Sêneca, filósofo

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A MINHA BÚSSOLA




“PODE CONTAR COMIGO SEMPRE! TE AMO!”

É assim que ela fala comigo desde que eu nasci...

Ela é meu porto seguro, meu casulo, minha toca, meu ninho, minha proteção quando o mundo decide virar de cabeça para baixo.

Ela é minha estrela, minha bússola, minha lanterna quando tudo parece escuro e não sei por onde seguir.

Ela é doce com as palavras e generosa com o coração. Ela tem o poder de me curar com um abraço. Ela tem o dom de entrar na minha alma mesmo que eu esteja calada.

Ela me ouve com atenção. Ela escuta palavras que eu não disse. Ela conhece minha alma. Ela me abraça com os olhos.

Ela tem paciência com meus erros, enaltece meus acertos, me segura nas minhas quedas e vibra com as minhas vitórias.

Ela tem o olhar da bondade. Bondade com alguém que tanto erra, mas que ela sabe que luta para acertar.

Ela busca o melhor sempre. Ela cresce a cada dia. Ela evolui com uma rapidez estonteante.

Ela ouvia disquinhos de fábulas infantis comigo. Lia os livros e gibis para uma caçula que ainda não dominava o encontro das letras. Ela me assustava com suas brincadeiras. Ela me levava nos seus programas de gente mais velha, mesmo não sendo obrigada a fazê-lo.

Ela ria comigo na hora de dormir enquanto o sono não nos alcançava. Ela comia minha comida, me emprestava seus brinquedos, me levava na garupa da bicicleta e da mobilete.

Ela me fazia sentir segura na escola. Ela acobertava minhas traquinagens, me ajudava com o dever de casa, fazia desenhos coloridos.

Ela tomava conta de mim no ônibus, nadava comigo, comia queijo com banana na lanchonete, tomava milk shake de morango.

Ela me enrolava nos jogos de cartas, me emprestava suas roupas e seus sapatos, me ensinava a desenhar.

Ela era a companhia perfeita nas férias que duravam um trimestre. Banho de mar e banho de rio. Picolés de coco, amendoim, abacate, milho verde, manga, tudo antes e depois do almoço. Bailes de carnaval, matinês fantasiadas, blocos uniformizados, mascarados irreconhecíveis. Dormir na praça porque o acabou o ônibus. Queimado, pique-bandeira, vôlei, pique-esconde, taco, gincanas. Disco de carnaval na vitrola dia e noite. Banho de balde. Forró escondido no Bar do Ronaldo. Papo intermináveis sentadas no muro de casa... sempre foi assim.

Hoje em dia sentamos e tomamos um café. Normalmente ela me compra um pão de queijo, talvez para me dar mais força e coragem para falar. No meio do aroma inebriante do café compartilhamos nossos segredos, nossas alegrias e desventuras. Ela me ouve sem julgar. Ela me dá o colo do meu tamanho.

ELA é minha irmã! A melhor irmã que alguém pode ter!

Que sua vida seja iluminada como você! Que a felicidade seja incansável em te alcançar! Que seus dias sejam repletos de amor! Que seus pensamentos sejam de paz! Que seus sonhos sejam realizados a cada dia! Que Deus te proteja e te mantenha perto de mim!

Eu te amo muito mais que muitão!

Obrigada por ser minha irmã!

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Para Sheley, minha irmã!

Vivinha


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pensando...





"Estarei contando isto com um suspiro
Em algum lugar daqui a muitas eras:
Duas estradas se bifurcavam numa floresta, e eu -
Eu escolhi a estrada menos percorrida,
E isso fez toda a diferença."

Robert Frost
The Road Not Taken

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A ausência necessária...

A ausência muitas vezes se faz necessária. Precisamos arrumar a casa, limpar os cantos, tirar teias que insistem em aparecer e permanecer. Buscamos uma arrumação perfeita, sem lembrar que “trabalho de casa não rende”. Quando você acaba, logo tem outro a fazer...

A vida é um trabalho de casa. Precisamos arrumá-la todo o tempo, mas devemos fazê-lo sem paranóias, neuras, transtornos obsessivos compulsivos... é a grande dificuldade do ser humano. Como já citei inúmeras vezes, o imprevisível é um fiel companheiro de viagem, não nos abandona nunca, tornando nosso caminho mais luminoso, mas muito sombrio às vezes.

A deliciosa prática da escrita que exorciza, acalenta, desabafa decidiu dar um tempo. Fiquei perdida, beirando o medo de ter perdido meu mais poderoso instrumento de catarse. Enfiei minha mente nos livros, outro poderoso instrumento, e aprendi com Isabel Allende, que disse que aprendeu com Ann Lamott, que muitas vezes o poço fica vazio, basta enchê-lo novamente. Sendo assim, resolvi afogar meu poço. Ainda não o enchi, mas me permite rabiscar essas linhas tortas.

Viajar é um grande aliado e podemos fazê-lo de inúmeras formas. Estive com uma família chilena, participando de suas aventuras, desventuras, festas, confissões, perdas de entes queridos, nascimentos. Conheci todos juntos nas alegrias e tristezas. Coisas que só um clã sabe fazer.

Viajei para uma Cabana, onde tinha um encontro marcado com o divino. Fortaleci minha fé, restaurei buracos, abri meu coração, compreendi as muitas amarguras que assolam nossas vidas e saí de lá mais humana e ao mesmo tempo fazendo parte do universo.

Vivenciei um drama pessoal de outra pessoa em Nova York para depois conhecer o prazer na Itália. Acreditava que aprender a falar italiano pelo simples prazer de fazê-lo seria um sonho só meu, mas descobri que estava equivocada. Passear pelas ruas de Roma, Bologna, Nápoles, Veneza, Sicília, Florença, Sardenha, Calábria encheu-me de energia e preencheu bastante meu poço. O paladar é um sentido muito aguçado em mim, satisfazê-lo na Itália é tudo que um estômago glutão deseja. E o país com forma de bota sabe enaltecer sabores com suas trattorias, gelatos, pratos de sabores impensáveis. O bel far niente dos italianos deixa-nos livres da culpa por sermos ocidentais.

Estive na Índia pela segunda vez. Na primeira vi mais o povo indiano, na segunda me limitei a permanecer no ashram, buscando o equilíbrio que só a meditação sabe oferecer.

Estudar com um xamã na Indonésia fez com que entendesse a simplicidade. Bali tem o poder de devolver seu amor por você mesmo. Lembrei mais uma vez que faço parte do universo.

No meio disso tudo procuro a Felicidade Clandestina com a Clarice, que realmente nos torna felizes com suas linhas exuberantes e metafóricas.

Adoraria que essa viagem me solicitasse visto, deixasse meu passaporte mais tatuado, e até que eu gastasse muitos dólares, euros, rúpias, mas aconteceu em meio a páginas, coisas que só um livro é capaz de fazer. Mas minha viagem não acabou. Não acaba nunca.

Depois eu volto, quando o poço estiver cheio.


Silvia Mara

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ENSINAMENTOS DE UM CORAÇÃO APRENDIZ...


Um dia ele tirou as rodinhas da minha bicicleta, segurou no banco e afirmou “vai, você consegue, confia em mim!”. Incrível o poder das palavras de um pai... Consegui! A princípio a dificuldade nas curvas provocou alguns tombos, deu-me alguns ralados nos joelhos, mas dei meu jeito. Logo aprendi a saltar da bicicleta e jogá-la no chão quando me via em perigo iminente de cair. Já não preciso mais saltar...

Durante a vida muitas rodinhas foram retiradas, muitos bancos foram segurados, muitas palavras foram ditas. E foi com elas que eu e minha irmã crescemos.

Ele organizou gincanas para uma multidão de crianças insanas em férias escolares. Planejou viagens fantásticas e acampamentos nos mais variados lugares...

Ele registrou nossa infância em Super 8, fazendo-nos sentir Charles Chaplin em seus filmes de cinema mudo. Tirou fotos, muitas fotos, mantendo registrado cada data, momento, alegria, aniversário, passeios...

Ele ensinou que não precisa ser menino para se apaixonar por futebol, vestir a camisa do Fluzão, ir ao maracanã, brincar na rua, se defender quando necessário...

Ele permitiu que experimentássemos a vida. Praticamos esportes variados, estudamos línguas estrangeiras, viajamos, brincamos de jogos de tabuleiro, cartas, vídeo game, mas sempre com a preocupação de que não nos tornássemos escravas de nada. Puro aprendizado, prazer e lazer.

Ele nos ensinou com exemplos. A leitura habitual e constante nos foi apresentada muito cedo e hoje não vivemos sem o bom e companheiro livro (hábito que passamos para a geração posterior). Compramos, trocamos, emprestamos, fazendo girar a energia que permeia a boa literatura...

Ele nos apresentou a música e seus inúmeros estilos, com a única preocupação de que navegássemos nos sons e suas notas. Ouvimos rock, MPB, samba, jazz, melodias românticas, deixando nossos ouvidos permeáveis ao prazer da musicalidade.

Ele consertou nossos brinquedos, furou paredes, pendurou quadros e estantes, fazendo-nos perceber que um pouco de curiosidade, criatividade e a ferramenta certa ajudam muito no dia a dia. Hoje sabemos “nos virar” um pouco. Não tem ralo que permaneça entupido, carrapeta que não seja trocada. Sem tirar o mérito do nosso vô, que sabemos ter sido o grande precursor dessa história...rs

Ele trabalhou para que pudéssemos desfrutar a vida. Deu-nos estudo, educação, limites, algumas broncas e muito carinho. Sua fala sempre pronta a ensinar forneceu-nos meios para que alcançássemos nossos desejos e escrevêssemos páginas bonitas em nossas histórias.

Crescemos e percebemos que muitas vezes repetimos seus gestos com as crianças que nos chegam. Os bons hábitos contaminam a pele, criam raízes impossíveis de serem retiradas, provocam mudanças verdadeiras.

Estabelecemos uma relação pautada em respeito, ouvir e ser ouvido. Compartilhamos alegrias, dividimos nossas tristezas, comemoramos nossas vitórias, analisamos nossas derrotas.

Obrigada por nos ensinar a não desistir de sonhar.

Obrigada por nos mostrar o caminho e permanecer ao nosso lado em qualquer que fosse nossa escolha.

Obrigada por permitir que caíssemos e nos ajudasse a levantar depois.

Obrigada por nos amar incondicionalmente.

Obrigada por ser nosso PAI.

Amamos você!

FELIZ DIA DOS PAIS!

domingo, 9 de agosto de 2009

Tããão EU...


"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez."

Nietzsche

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A mente em movimento


Bebeu o chá fumegante até o final e deitou-se no sofá. Fazia frio lá fora, mas o ventilador girava num movimento hipnotizante, fazendo-a pensar em como estava sua vida agora.

Caminhou pelos pensamentos e lembranças, desfilou pelo emaranhado de recordações, patinou nas derrotas, correu pelas vitórias e percebeu que ainda havia muito a fazer.

A vida não dá tréguas, exige ações ininterruptas, não quer que paremos pra um cochilo. Ou será que quer?

Às vezes acha que pode e deve parar, já não sente mais a culpa por não estar em movimento. Gosta de estacionar um pouco, parece que ao estar parada percebe melhor o que acontece em sua vida e fica mais fácil resolver os percalços do destino.

Tanta ansiedade em abraçar o mundo foi ficando para trás com a chegada da famosa maturidade. Não tem mais o desespero da adolescência, a explícita agonia de quem tem pouco tempo para fazer muita coisa. Já sabe que não é assim. Sem calma e serenidade não avança, não caminha, acaba tropeçando na vida.

As vitórias serviram como estímulo para que continuasse, é a premiação por um movimento bem executado. O êxtase da vida. Mas as derrotas, tão choradas, sentidas, excomungadas, foram o que de mais precioso aconteceu.

Sem ser piegas e prender-se a clichês, ela percebeu que, se hoje estava mais serena, a culpa era muito mais das derrotas do que das vitórias. Cada fracasso ensinou-a a pensar onde errara obrigando-a em insistir em acertar. Cada fracasso fez com que seus passos seguintes fossem mais elaborados e elaborar leva tempo, exige calma, paciência, nada de impulsividade. Como conseqüência alcança-se o estado sublime da tranqüilidade.

Ela riu. Pensando assim parece que foi fácil, de um estalo tudo ficou sereno. E não foi nada disso. Antes de tudo chorou, reclamou, gritou, desdenhou de si mesma, da vida, de suas burrices, mas passou. É, tudo passa. Vida que segue.

As recordações trouxeram amigos distantes, que nem sabe por onde andam e a causa de seu sumiço. Perderam-se na infância, nas férias escolares, nos verões, na adolescência. Mas tem os amigos de agora, alguns permanecerão, outros sumirão também.

Sua mente é como o mar. Tem suas ressacas, varre todo o lixo, limpa as areias onde colocamos os pés, mas precisa da calmaria posterior, aquela que nos permite um mergulho sem preocupações, com a certeza de que podemos nadar para onde quisermos.

Gostou da ausência de movimento. Sentiu-se forte, como se as pás do ventilador tivessem recarregado suas baterias como numa usina eólica.

Levantou-se, encheu a xícara novamente e dessa vez sentiu o verdadeiro sabor da vida.

Silvia Mara

terça-feira, 28 de julho de 2009


"Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos"

Shakespeare

segunda-feira, 20 de julho de 2009

FELIZ DIA DO AMIGO!


Aos meus amados amigos,

Aos que estão perto todos os dias,
aos que estão longe por qualquer motivo,
aos que não vejo tanto quanto eu gostaria,
aos que me ouvem com paciência,
aos que me contam suas aventuras e desventuras,
aos que mantem contato só pelo msn,
aos que fizeram parte da minha infância,
aos que fazem parte do meu dia a dia,
aos que me acompanham no chopp,
aos que me acompanham no samba,
aos que choram e riem ao meu lado,
aos que sabem meus segredos,
aos que me contam seus segredos,
aos que pensam em mim,
aos que me ensinam,
aos que tem laços de sangue comigo,
aos que tem laços do coração...AMO VOCÊS!

Obrigada por fazerem parte da minha vida e torná-la cada dia mais bela.

FELIZ DIA DO AMIGO!

Beijocas,

Silvinha

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Detalhes de uma Emoção...



Quando respondi aos meus amigos a pergunta pré-fim de semana “Qual é a boa?” recebi muitos olhares tortos, sorrisos amarelos e alguns “ahhh, queria ir também...”, mas não muitos. Alguns por que não gostam mesmo do programa que fui fazer, outros por que acham cafona, muitos por pura vergonha de assumir que possuem um loteamento no coração para o que chamam de “brega” por aí. Queridos, fui ver o REI! E se querem saber foi o máximo!

Foi um programa família. Muito família! Resolvemos unir corações e assistir a história de 50 anos de um cara que saiu lá do interior do Espirito Santo para conquistar uma legião de fãs pelo mundo.

Podem me chamar de brega, cafona, romântica, qualquer coisa. Já falei sobre meu ecletismo por aqui e o rock, samba, mpb não se importam em dividir meus ouvidos com melodias românticas. E quem não tem um pouquinho de amor no coração não aproveita a vida.

Vi três gerações de braços dados, sorrindo e cantando juntas. Vi a chuva despencar em nossas cabeças sem que nos importássemos com ela. Cantamos, dançamos, ficamos encharcadas ao som de uma platéia digna de um clássico, final de campeonato. E como dizer que não era um clássico acontecendo?

Aproveitamos a tarde e a noite sem pensar na vida, estávamos muito além do horizonte...contamos os dias e as horas para vê-lo...tanto tempo esperando por isso...das lembranças que eu trago na vida Roberto é grande referência, cresci com ele tocando lá em casa.

Vi capas de chuva penduradas, assistindo a tudo, não dizendo nada. Estrelas mudando de lugar, chegando mais perto só pra ver, dando espaço a nuvens (nem tão brancas) que passavam, molhando a multidão que tem no peito amor, procura a paz e que, apesar de tudo, não permite que a esperança se desfaça.

Lembranças de jovens tarde de domingo com tantas alegrias, traduzindo velhos tempos, belos dias, foram trazidas a tona por uma nem tão jovem guarda assim. Mulheres com seus maridos, namorados, filhos e netos, adolescentes descobrindo que gostam do Rei dizendo a cada música que foi regravada por um ídolo atual “ué, isso também é dele?”

Cavalgamos entre o passado e o presente sem a preocupação de amanhã de manhã ter algum compromisso, enfrentando chuva e serração, soltando o coração na banguela, sem pedir que Lady Laura nos levasse pra casa.

Vi mulheres de todos os tamanhos querendo sentir-se pequenas, recebendo o elogio que lhes cabia sentindo a chuva que caía em seus rostos fazendo-as chorar tanto só para matar a saudade que elas gostam de ter.

Seu calhambeque (bibi) trouxe uma infinita dose de amor. Tratou-nos como amigos de fé, irmãos camaradas, propondo-nos que se quase também é mais um detalhe, um grande amor não pode morrer assim, e por isso sempre nos lembraremos dele.

O terrível nos incendiou contente e feliz com sua ternura sem fim. Suplicou que Nossa Senhora cuidasse de nosso coração mostrando como é grande seu amor por nós. Mostrou o quanto é importante saber viver e dizer Eu Te Amo.

O melhor de tudo foi poder realizar o sonho de minha mãe. Partilhar com ela esses momentos fez com que eu, minha irmã e minha sobrinha sentíssemos, do fundo de nossos corações, o quanto é bom estar perto outra vez e sempre.

Depois disso, só posso dizer...se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!


Silvia Mara, parafraseando o REI inúmeras vezes, uma vez que estou longe de ser um gênio...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A RESPOSTA QUE EU NÃO QUERIA...


Muitas vezes buscamos respostas. Queremos saber o porquê das coisas. Queremos decifrar os enigmas que a vida nos oferece a cada dia. Perguntamos, perguntamos, perguntamos. E quando ouvimos a resposta... o mundo cai!

Ela chega dilacerando o estômago, implodindo o cérebro, revoltando os músculos. Mas se eu não queria saber por que perguntei? Claro que eu queria, mas queria a minha resposta. Queria que a solução fosse do meu jeito. A verdade, quando despenca em nossas cabeças, produz um estrago gigantesco. Como se uma tsunami passasse por cima de nós.

Não estou chateada com a vida pela resposta recebida. Estou chateada comigo. Toda ação produz uma reação, aprendi lá na escola, há muuuuito tempo atrás, mas ainda assim, me surpreendo com o peso dos erros.

Os erros do passado, invariavelmente, chegam até nós. Não interessa se tivemos culpa, se foi cometido pela ignorância, pelo desespero. Só interessa acertar as contas com o futuro.

Depois do efeito tsunami parei para pensar com a calma devida. E, por mais incrível que possa parecer, agradeci a resposta recebida. A dádiva de ter seus questionamentos solucionados faz com que possamos caminhar, seguir em frente, dar novos rumos à nossa vida. Permite-nos viver de verdade, sem as ilusões que insistem em nos acompanhar.

Aprender com os erros é a grande meta, nos possibilita acertar, traçar um caminho melhor, ainda que cometamos novos erros, os anteriores serão sanados e essa é a grande mágica da vida.

Ouvi uma frase que diz “se hoje é o reflexo do que ontem você fez, amanhã será o espelho do que hoje você faz”. Pois é, sempre soube disso e ainda dou com a cara no chão. Mas aprendo, erro, mas aprendo. E tomarei o devido cuidado com esse espelho de amanhã.


Silvia Mara

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A DELICIOSA DIFERENÇA...


Apesar do gosto pelas mudanças, algumas coisas não deveriam mudar nunca. A sociedade muda, o governo muda (?), os costumes mudam, a moda muda..., mas as diferenças entre homens e mulheres deveriam permanecer.

Sei que corro o grande risco de ser açoitada em praça pública pelas feministas, mas não queimei sutiã e a natureza, em sua extrema sabedoria, não nos faria diferentes se não houvesse uma razão.

Não estou falando de salários, cargos em empresas, jornadas duplas, triplas. Não existe QI sendo questionado. O assunto é mais sutil, bem mais sutil.

Gosto de ser tratada como mulher. Gosto de homem gentil e educado. Não me sinto menos por ter uma porta aberta, ser colocada do lado de dentro da calçada ou ter uma sacola pesada carregada por eles. Isso demonstra cuidado, carinho, atenção.

Homens tem pernas, braços e peito peludos, uns mais outros menos, então não me apareçam depilados, mais lisos do que eu. Homens tem braços fortes para me carregar, abraçar, acolher.
Vaidade é legal, mas tem limite. Filtro solar é importante. Cabelo e pele bem tratados também. Mas base na unha??? Não, por favor! Simplesmente corte-as e se for necessário passe uma lixinha, que é para não me arranhar. Mas só o suficiente para não me machucar.

Cultura metrossexual não me atrai. Podem ser bonitinhos nas fotos, mas pra mim, homem mesmo não é assim. Não estou questionando a sexualidade de ninguém, só não gosto.

Pele lisinha, macia, unhas feitas, depilação, salão, guarde isso para mim. Faço com prazer. Homem tem que ter mãos de homem, mais grossa, pesada. Please, não estou falando de calos protuberantes, mãos de enxada, estivadores (ainda que tenha a certeza de que algumas mulheres adoooram), só a diferença da textura, aquela que a natureza se encarregou de nos dar.

A preocupação com exercício é importante, é saudável, torna o corpo mais bonito, demonstra amor próprio, cuidado consigo mesmo (vindo de alguém que vive disso, não poderia ser diferente), mas calma, cautela. Paranóia, extremos, complementos e suplementos em demasia fogem do saudável, que é a razão principal da atividade física.

Corpo malhado é legal, bonito, excitante. Mas se ele não puder sentar comigo e beber um chopp, de que me adianta? Parceria em petiscos, cerveja gelada, algumas horas mal dormidas, às vezes não incluem um abdômen de tanquinho. E não vejo mal nenhum nisso.

Prefiro um homem de bem com a vida, louco por mim a um neurótico que tem que ir embora cedo para engolir suas proteínas e carboidratos sintéticos e louco pelos equipamentos e espelhos da sala de musculação.

Quero e gosto de gentilezas. Aquelas bobas que quando eles fazem parecem as mais belas do mundo. Homem de verdade as faz sem medo. Tornam-se mais másculos com elas.

Não quero se a “Amélia”. Quero ser respeitada, bem tratada. Trabalho, pago minhas contas, cuido da casa. Mas se houver mais alguém morando na mesma casa, deve cuidar dela também.

Meninos ajudem suas mulheres! O braço não cai ao lavar uma louça. As roupas não vão para o cesto sozinhas. O saco de lixo ainda não caminha até a lixeira. E ao fazer isso vocês oferecem mais tempo para que, nós mulheres, possamos ficar bonitas para vocês.

Nada mais estimulante do que um homem na cozinha. Um lanchinho, um jantar ou um café da manhã preparado a quatro mãos geram cumplicidade, intimidade. E não precisa ser um Chef para que isso aconteça. Nem todos possuem dotes e habilidades culinárias, mas mesmo que seja para cortar um pão, colocar água para ferver, capturar os ingredientes na geladeira, tudo serve. E sua companhia será muito apreciada.

Por tudo isso, meninos, abram-nos portas, tratem-nos com carinho e terão suas mulheres felizes e agradecidas. E você sabe do que uma mulher feliz e agradecida é capaz?

Silvia Mara

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A arte de saber mudar


Algumas pessoas tem o dom de ser irredutíveis. Suas ideias, opções, escolhas são únicas, eternas. Não sou assim, prefiro ser flexível, quase volúvel...

Não tenho prato preferido, tudo depende da indecência do meu estômago glutão. Adoro uma saladinha leve, mas não resisto ao tempero do feijão da minha mãe unido ao sabor inalcançável da sua farofa... Comer é um prazer irretocável e permito-me várias irregularidades. Depois nos exercitamos. Ninguém irá me convencer que estou pecando ao me lambuzar com o chocolate.

O verão solicita um chopp, ou alguns, mas o vinho me aquece no frio. Só descobri que gostava de café ao degustá-lo sem açúcar e hoje passo longos momentos com minha caneca observando o sol ir deitar-se depois de longa jornada.

O verão é incrível, o dia se prolonga, invade a noite e podemos aproveitar a praia até mais tarde. O inverno nos permite o aconchego do edredom, dos pés enroscados... Outono e primavera nos presenteiam com dias iluminados, paisagens únicas, tenho mesmo que escolher uma estação preferida?

A música também é alvo de discordância pra muita gente. Gosto do ecletismo, tem hora pra tudo. Cresci com o samba nas férias, mas o meu ano letivo sempre foi recheado de MPB, Elvis, Dire Straits, Roberto Carlos, Chico, Elis, B.B. King, Marvin Gaye, Rita Lee, Eric Clapton e tantos outros vindos das vitrolas dos meus pais. E ainda tinham os da minha geração, Legião, Paralamas, Lulu, Capital, Engenheiros, Blitz...gosto de tudo. Meu ouvido ama a diversidade.

Mar ou serra? Tanto faz...o que minha alma precisa é o que determina a escolha. Tenho vontade de muitas coisas, muitos estudos, muitas profissões. Preciso de mais de uma vida pra fazer tudo o que preciso.

As cores das minhas roupas dependem de como acordo pela manhã. Meus sapatos variam conforme as tarefas do meu dia. Não dá pra usar uma bota com um salto incrivelmente alto pra bater pernas por aí. Mas elas são um arraso ao cair da noite...Gosto de estar linda, mas gosto de estar confortavelmente linda.

Mudar de idéia não é falta de opinião, ser “maria vai com as outras” é permitir-se conhecer coisas novas, novos lugares, sabores, sons e texturas. É abrir a mente e o espírito para um mundo desconhecido.

Tá bom...existe rigidez em uma escolha...no meu coração só cabe o meu FLUZÃO, sou tricolor até morrer!!! De resto, não gosto de verdades absolutas. Mudarei de idéia sempre.



Silvia Mara