segunda-feira, 13 de julho de 2009

Detalhes de uma Emoção...



Quando respondi aos meus amigos a pergunta pré-fim de semana “Qual é a boa?” recebi muitos olhares tortos, sorrisos amarelos e alguns “ahhh, queria ir também...”, mas não muitos. Alguns por que não gostam mesmo do programa que fui fazer, outros por que acham cafona, muitos por pura vergonha de assumir que possuem um loteamento no coração para o que chamam de “brega” por aí. Queridos, fui ver o REI! E se querem saber foi o máximo!

Foi um programa família. Muito família! Resolvemos unir corações e assistir a história de 50 anos de um cara que saiu lá do interior do Espirito Santo para conquistar uma legião de fãs pelo mundo.

Podem me chamar de brega, cafona, romântica, qualquer coisa. Já falei sobre meu ecletismo por aqui e o rock, samba, mpb não se importam em dividir meus ouvidos com melodias românticas. E quem não tem um pouquinho de amor no coração não aproveita a vida.

Vi três gerações de braços dados, sorrindo e cantando juntas. Vi a chuva despencar em nossas cabeças sem que nos importássemos com ela. Cantamos, dançamos, ficamos encharcadas ao som de uma platéia digna de um clássico, final de campeonato. E como dizer que não era um clássico acontecendo?

Aproveitamos a tarde e a noite sem pensar na vida, estávamos muito além do horizonte...contamos os dias e as horas para vê-lo...tanto tempo esperando por isso...das lembranças que eu trago na vida Roberto é grande referência, cresci com ele tocando lá em casa.

Vi capas de chuva penduradas, assistindo a tudo, não dizendo nada. Estrelas mudando de lugar, chegando mais perto só pra ver, dando espaço a nuvens (nem tão brancas) que passavam, molhando a multidão que tem no peito amor, procura a paz e que, apesar de tudo, não permite que a esperança se desfaça.

Lembranças de jovens tarde de domingo com tantas alegrias, traduzindo velhos tempos, belos dias, foram trazidas a tona por uma nem tão jovem guarda assim. Mulheres com seus maridos, namorados, filhos e netos, adolescentes descobrindo que gostam do Rei dizendo a cada música que foi regravada por um ídolo atual “ué, isso também é dele?”

Cavalgamos entre o passado e o presente sem a preocupação de amanhã de manhã ter algum compromisso, enfrentando chuva e serração, soltando o coração na banguela, sem pedir que Lady Laura nos levasse pra casa.

Vi mulheres de todos os tamanhos querendo sentir-se pequenas, recebendo o elogio que lhes cabia sentindo a chuva que caía em seus rostos fazendo-as chorar tanto só para matar a saudade que elas gostam de ter.

Seu calhambeque (bibi) trouxe uma infinita dose de amor. Tratou-nos como amigos de fé, irmãos camaradas, propondo-nos que se quase também é mais um detalhe, um grande amor não pode morrer assim, e por isso sempre nos lembraremos dele.

O terrível nos incendiou contente e feliz com sua ternura sem fim. Suplicou que Nossa Senhora cuidasse de nosso coração mostrando como é grande seu amor por nós. Mostrou o quanto é importante saber viver e dizer Eu Te Amo.

O melhor de tudo foi poder realizar o sonho de minha mãe. Partilhar com ela esses momentos fez com que eu, minha irmã e minha sobrinha sentíssemos, do fundo de nossos corações, o quanto é bom estar perto outra vez e sempre.

Depois disso, só posso dizer...se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!


Silvia Mara, parafraseando o REI inúmeras vezes, uma vez que estou longe de ser um gênio...

2 comentários:

Sylvia Araujo disse...

Eu vi pela TV, cantei junto e cho-rei! Imagino vc lá, que emoção maravilhosa...
Não se fazem mais corações como antigamente, né? hahaha

Beijoca

Silvia Mara disse...

Não mesmo, amore, não mesmo...rsrsrs

Postar um comentário