quarta-feira, 27 de maio de 2009

E o poeta disse...


"E nossa história
Não estará

Pelo avesso assim

Sem final feliz

Teremos coisas bonitas pra contar

E até lá

Vamos viver

Temos muito ainda por fazer

Não olhe pra trás

Apenas começamos

O mundo começa agora, ahh!

Apenas começamos."




Legião Urbana em Metal Contra As Nuvens

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pérolas de nossas vidas...


Amigos são pérolas encontradas no fundo da alma. Ao longo da vida vamos procurando por elas.

Existem muitos tipos de amigos, mas falarei apenas dos especiais, aqueles que sabemos diferenciar pelo olhar. E não é do nosso olhar que falo, e sim do deles...

Tornar-se esse amigo leva tempo. Podemos até saber na hora, tamanha a empatia, mas leva tempo.

Precisamos de muitas horas de papo sem fundamento, abraço no calor do desespero, risadas descontroladas, choros convulsivos por causa de um amor que não vale a pena. Só um amigo entende isso.

Precisamos revelar o oculto, aquele segredo que não temos coragem de contar frente ao espelho, aquela dor que não conseguimos manter dentro do peito, aquele suspiro final típico dos momentos que achamos que não agüentaremos. Só um amigo sente essa dor.

Precisamos acordar descabelados e ter a certeza de que ele rirá de nós. Reclamar de tudo e no final dizer “Está tudo bem, já passou, só precisava desabafar”. Levar uma bronca quando fazemos a maior besteira do mundo e ganhar colo depois. Só um amigo tem esse direito.

Precisamos mergulhar no mar à meia noite de mãos dadas, beber champagne no gargalo e desejar que os sonhos se realizem. Levar o outro pra casa quando bebeu demais, chorou demais, reclamou demais. Só um amigo faz isso.

Precisamos contar nossas amarguras, mesmo sabendo que todas passarão. Falar desenfreadamente, sem dar chance de retruca, mesmo sabendo que o outro quer falar. Só um amigo suporta isso.

Precisamos viajar, para a praia ou para o campo. Acampar, ficar em hotel, passar fome, comer até não agüentar. Dançar, ir a festas, fazer nossa própria festa. Tomar um porre numa conquista, chorar numa derrota. Torcer pelo mesmo time ou não e implicar com a torcida dele.

Precisamos compartilhar, amar, odiar, brigar, fazer as pazes. Precisamos dar um tempo, aproximar, recuar, respeitar, ouvir, calar. Só amigos fazem tudo isso ao mesmo tempo.

Ser amigo é ser especial, imprescindível, irretocável com seus defeitos e inúmeras qualidades. Amigo pode ser o pai, a mãe, o irmão, a irmã, com laços sanguíneos ou não. Não importa. O que importa de verdade é a certeza de que eles estão lá, a qualquer hora, na hora certa, na hora que precisamos.

Que meus amigos especiais se reconheçam nessas letras. Amo vocês!

Silvia Mara

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Momentos em papéis...


Adoro registrar a vida e uma forma de fazê-lo é através de fotos...

A tecnologia de hoje nos facilita com suas maravilhas digitais. Máquinas, celulares, dos mais simples ao mais sofisticados, todos prontos para eternizar um momento...

Saudosismos à parte, sinto falta das máquinas com seus filmes. Cada rolo com uma quantidade limitada de poses. Os mais novos, provavelmente, nem sabem do que estou falando...

A era digital tirou um pouco da surpresa da revelação. Ficávamos ansiosos em ver o resultado das fotos. Inicialmente esperávamos por mais de um dia, depois chegaram as maravilhas das revelações em uma hora. Era o máximo da modernidade...

A espontaneidade era reveladora. Olhos vermelhos, piscados, bocas abertas, fotos tremidas não tinham conserto. Não podíamos deletar e repetir. Tudo bem, era um saco, perdíamos filmes queimados, perdendo também o registro do momento, mas era uma festa a chegada das fotos...

Hoje, após o clic, (na verdade existem vários sons agora), olhamos a foto e dizemos “Não gostei, tira outra”, perdendo a realidade da vida...

Programas modificam cores, formatos, inserem e excluem objetos e gordurinhas, transformam o real, tornando-o mais “desejável”. Será mesmo?

Não temos mais o charme dos lambe-lambes pelas praças e ruas, com suas parafernálias enigmáticas. Ninguém mais tira RETRATO, só fotos...

Podemos arquivar nossas vidas em cds, dvds, pen drives, mas nada tira o charme de um porta retrato...

As fotos expostas em estantes, quadros, paredes nos deixam em contato constante com momentos importantes, felizes, marcantes e tornam o nosso dia a dia muito mais adocicado. Permitem que amores e amigos nos olhem todo o tempo e os deixam mais próximos de nós...

Aproveitar a tecnologia e sua rapidez e eficiência é ser inteligente, mas não podemos esquecer nossas vidas arquivadas em pastas de um computador...

Imprima suas fotos, seus retratos! Coloque sua vida ao alcance dos seus olhos!!!


Silvia Mara

domingo, 10 de maio de 2009

O incondicional...


MÃE...


A vida me chamou à Terra oferecendo novas experiências, oportunidades, resgates, provas.

Antes de chegar aqui me hospedei em lugar seguro. O ventre me acolheu de forma esplêndida, aconchegante. Mantive-me no casulo até ter condições de experimentar o oxigênio pelos meus próprios pulmões.

Chegar ao mundo seria traumático se, imediatamente, não recebesse o aconchego do seio, do sorriso, do colo. Ela depositou sobre mim o olhar embevecido, recheado de amor.

Roubei seu sono, suas noites, seus dias e ainda assim ela me amou.

Transformei seu corpo, seu penteado, suas roupas e ela me agradeceu com beijos e carinhos.

Modifiquei sua rotina, sua visão sobre a vida, seus objetivos e ela se derramou em gestos para me agradar.

Alimentou-me, cuidou, banhou com uma ternura única. Cada choro ou sorriso provocaram reações imediatas. Sabia que ela viria.

Ensinou-me a andar, correr, viver. Brincou comigo. Levou-me à escola. Passou noites acordadas, estando eu em casa ou não.

Aprendi a partilhar brinquedos, sentimentos e emoções. Aprendi que quando caio só preciso levantar. Aprendi o que é amor incondicional.

Cada cinco minutos sentada na cadeirinha fez-me pensar sobre minhas atitudes e entendi o certo e o errado.

A certeza de que ela estará sempre velando por mim, dá-me a segurança de viver.

E o mais incrível...ainda que eu tenha crescido, o colo continua do meu tamanho exato...

Obrigada por me amar! Te amo!

Feliz Dia das Mães!


Silvia Mara

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Descortinando...







Chegaram a minhas mãos sem que eu imaginasse ser possível. Era o passado distante se fazendo presente. Era a história de alguém se tornando real, tornando-se parte de mim também.

A união daquelas letras traduzia uma vida, pelo menos momentos dela. A existência de alguém pode ser perpetuada em linhas escritas no calor da emoção, na dor da razão, no desespero do coração.

O amor deixado para trás, o filho carregado nos braços, a alma em prantos silenciosos ou não, a veracidade das palavras transforma linhas em fatos, letras em acontecimentos.

Transcrever sua narrativa poética, quase em forma de canção, fará minha alma alcançar seus suspiros, seus sentimentos mais profundos, suas dores e seus amores.

A vida trouxe seus escritos sem avisar. Que eu tenha forças para prosseguir mesmo quando a mão tremer, o ar faltar, o coração transbordar.

Que eu seja fiel ao seu espírito e que suas linhas sejam como pintura em aquarela, desenhadas em seu coração.

Obrigada!


Silvia Mara