Caminhava calmamente pela areia da praia, o vento sacudindo suas roupas, penteando seus cabelos, as pegadas revelando o caminho percorrido, as ondas batendo, apagando o rumo escolhido.
As imagens em sua mente denunciavam o ardor da paixão. A paixão indecente, que transgride, desnuda a alma, arrebata o peito, tira o sono e faz dormir profundamente.
Sentia-se feliz. Sua alma brilhava, resplandecia, irradiava luz e alegria. Sentia o coração pulsar com a mesma intensidade de uma montanha russa.
Mas em que momento tudo aquilo começou? Incrível, mas não sabia... Somente tinha a certeza de que não queria que terminasse.
Percebeu-se mulher, com as expectativas da adolescente, com a espontaneidade da criança, com os desejos de quem quer abraçar a vida com braços longos, infindáveis, para não perder nada, aproveitar cada instante, minuto, segundo.
Sentou-se permitindo que a água fresca molhasse seus pés, olhou para o horizonte enxergando o infinito, e compreendeu que aquele sentimento sempre estivera dentro dela, mas estava aprisionado no medo da entrega, da perda, da incerteza.
Não que agora estivesse livre de cair, mas a certeza de que se sentia mais importante por amar, fazia-a permitir o risco, render-se ao inevitável sentimento que tomava conta de seu coração. Agradeceu à vida a oportunidade oferecida, ainda que não soubesse o itinerário dessa viagem. Sim, o amor é uma viagem...
Viajamos por um caminho colorido, com pigmentos intensos, matizes desconhecidas. Estamos rodeados por flores de aromas que não desvendamos, o chão revela-se macio e o céu brilha mais que o esperado. O sol sorri somente para quem o encara, a lua dá o aconchego aos que se deitam sob sua luz e sentem as estrelas caírem em suas cabeças, como fogos de artifício que jorram do alto. A viagem não tem fim, não enquanto houver um coração disposto a amar, sentir, viver.
Levanta-se, mergulha sob as ondas, permite que todo seu corpo sinta o frescor do mar. Admite que o sofrimento seja possível, mas prefere autorizar o prazer em sua alma.
Silvia Mara
As imagens em sua mente denunciavam o ardor da paixão. A paixão indecente, que transgride, desnuda a alma, arrebata o peito, tira o sono e faz dormir profundamente.
Sentia-se feliz. Sua alma brilhava, resplandecia, irradiava luz e alegria. Sentia o coração pulsar com a mesma intensidade de uma montanha russa.
Mas em que momento tudo aquilo começou? Incrível, mas não sabia... Somente tinha a certeza de que não queria que terminasse.
Percebeu-se mulher, com as expectativas da adolescente, com a espontaneidade da criança, com os desejos de quem quer abraçar a vida com braços longos, infindáveis, para não perder nada, aproveitar cada instante, minuto, segundo.
Sentou-se permitindo que a água fresca molhasse seus pés, olhou para o horizonte enxergando o infinito, e compreendeu que aquele sentimento sempre estivera dentro dela, mas estava aprisionado no medo da entrega, da perda, da incerteza.
Não que agora estivesse livre de cair, mas a certeza de que se sentia mais importante por amar, fazia-a permitir o risco, render-se ao inevitável sentimento que tomava conta de seu coração. Agradeceu à vida a oportunidade oferecida, ainda que não soubesse o itinerário dessa viagem. Sim, o amor é uma viagem...
Viajamos por um caminho colorido, com pigmentos intensos, matizes desconhecidas. Estamos rodeados por flores de aromas que não desvendamos, o chão revela-se macio e o céu brilha mais que o esperado. O sol sorri somente para quem o encara, a lua dá o aconchego aos que se deitam sob sua luz e sentem as estrelas caírem em suas cabeças, como fogos de artifício que jorram do alto. A viagem não tem fim, não enquanto houver um coração disposto a amar, sentir, viver.
Levanta-se, mergulha sob as ondas, permite que todo seu corpo sinta o frescor do mar. Admite que o sofrimento seja possível, mas prefere autorizar o prazer em sua alma.
Silvia Mara
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