terça-feira, 30 de abril de 2013

Impiedade necessária...

Utilize quando necessário...

*Um pouco de impiedade pode ser o bisturi que faz a diferença numa cirurgia em que um problema é extirpado*

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Meu Vô!



Dia desses sonhei com meu Vô.
Não me lembro do sonho, foi um daqueles normais, com situações cotidianas, mas como a partida dele para o outro plano ocorreu já há alguns anos... bateu saudade das grandes e comecei a lembrar...
Lembro-me dos seus óculos quadrados, sua medalha no peito, sempre de relógio, olhos verdes brilhantes, cheios de segredos para nos contar. Tinha até um cachimbo, que vez ou outra era acendido, tornava-o engraçado.
Ele era um Vô dos bons! Daqueles que contam histórias sentado na poltrona da sala, com os netos e os cachorros sentados a sua volta.
Meu Vô decolava um avião e isso o tornava o maior de todos os homens. Da sua passagem pela Força Aérea Brasileira saíram inúmeras histórias, todas pintadas com suas cores exclusivas. Sim, meu Vô tinha uma aquarela especial, que tornava qualquer história incrivelmente original!
Ele foi portador de uma terrível decepção. Quando disse que também seria piloto de avião, o ouvi dizer lamentando: “Não pode, minha neta, meninas não pilotam aviões”. Não entendia o porquê disso, mas fiquei bem brava na época.
Meu Vô me ensinou a dançar. Ele e minha avó dançavam nos bailes, nas serestas e em casa. Tínhamos aulas deliciosas, a trilha sonora era desconhecida para nós e aprendemos a gostar de tudo. E ainda tinham as marchinhas de carnaval, conhecemos todas, independente da época.
Meu Vô gostava de chimarrão e melado com farinha. Gostava dos piores doces que vinham nos sacos de Cosme e Damião, dos piores bombons da caixa da Garoto, de café bem doce armazenado na garrafa térmica que ficava ao lado dele. Gostava tanto das castanhas do Natal, que era ele quem descascava todas, uma panela de pressão beeem cheia.
Na hora do almoço descascava as laranjas, mas não as partia ao meio. Cortava uma parte menor, chamando-as de tampinhas e eu e minha irmã comíamos nossa parte especial, feita só pra nós.
Meu Vô ficava em pé, encostado no muro, braços apoiados, cigarrinho sustentado entre os dedos (antes do enfisema, depois largou), sem dizer nada, só cumprimentando todos que passavam e falavam com ele. Meu Vô era popular!
Nas férias de verão, nas férias de julho, nos feriados longos, eu e minha irmã corríamos pra sua casa. Tivemos a melhor infância que uma criança pode ter. Não só pelas grandes possibilidades que o local oferecia, mas porque era Casa de Vô e Vó, e isso já explica tudo.
Meu Vô, já nos últimos anos, repetia seus contos e causos, mas os fazia tão brilhantemente que nem nos importávamos em escutá-los, eram todas histórias novinhas, que nos levavam de volta à nossa infância.
Sinto saudade, sem tristeza, mas é uma saudade infinita, porém nos encontraremos novamente e sei também que ele está sempre bem pertinho de nós.
Te amo Vô!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Indiferença...

Triste é quando o que fazia A diferença já não faz mais diferença nenhuma...

S.M.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Síndrome burra

Tem gente que divide amor em horcruxes
Sempre vazio, sempre dividido, sempre incompleto.
Será Síndrome de Lord Voldemort?
Eca!

S.M.

Saudade

E tem aqueles dias que dá saudade
Saudade de ser leve...

S.M.

Ironia

Pegou sua enxada e começou a cavar.
Estava decidido a criar um poço fundo, bem fundo, de forma que ninguém pudesse ultrapassá-lo.
Tornar-se seguro em seu castelo tornou-se uma obsessão.
Cavou, cavou e quando se deu conta não conseguia mais sair do buraco.
Irônica é a vida...

S.M.