sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Movimento

Um dia, quando você menos esperar, o ciclo acaba, os sentimentos mudam, a vida toma um rumo diferente.
Mas pra isso acontecer você tem que se mexer, se sacudir, se movimentar. Ficar parado não muda nada.
Nem sempre temos como modificar os fatos, mas resignação não é acomodação.
Faça sua parte se deseja uma mudança, ou muitas.
Estude, caminhe, promova o RE-encontro com você mesmo.
Estabeleça metas, faça planos viáveis, permita-se sonhar, busque e alcançará seus objetivos.
Viver nem sempre é tarefa fácil, mas o doce sabor da conquista vale todo o trajeto.

Silvia Mara

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Escolhendo o simples

Experimentou vários sapatos.
Colocou e tirou as sapatilhas, os tênis, a pantufa, a rasteirinha, o chinelo, a bota, o salto agulha.
Nada servia, nada combinava com as voltas e reviravoltas de seu estômago.
Decidiu que descalça ficava mais bem calçada, mais perto de si, mais segura da vida.
Dançou, correu, brincou sem medo.
E então a brisa varreu seu rosto,
deixando gosto de chuva e perfume de flor.

Silvia Mara

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Era?


"Todas essas escolhas e todo esse anseio podem criar um tipo esquisito de assombração na vida, como se os fantasmas de todas as outras possibilidades não escolhidas ficassem para sempre num mundo de sombras à nossa volta, perguntando sem parar: Tem certeza de que era isso mesmo que você queria?"

Elizabeth Gilbert

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Gente impertinente no trabalho...

Coisas que muitos gostariam de dizer...(2)

"Por que você faz isso? Acha bacana mesmo?
Cara, ninguém aguenta isso..."

S.M.

Então vá logo...


Coisas que muitos gostariam de dizer...

"Está arrependido? Jura?
Ahhh, volta pra guerra, com sorte você leva um tiro...de preferência na cabeça..."

S.M.




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Livrando-se...


Decidiu cobrir-se. Toda a exposição anterior não fazia mais sentido.
Bateu a porta e não olhou pra trás.
Queria chegar em seu abrigo seguro, mas seus pés não alcançavam a velocidade necessária. A maquiagem feita com esmero escorria sob os olhos, deixando-a ainda mais nua.
Chegar em casa deu-lhe conforto, mas era falsa a sensação de segurança...
Sentou-se no sofá macio, tentando no aconchego das almofadas receber o colo que precisava.
Pensar em tudo aquilo não era mais uma opção. Tinha que prosseguir, mover-se.
Não tinha criado expectativa sobre nada, tudo aconteceu conforme o combinado, Esqueceram de dizer-lhe que só ela devia cumprir tais acordos.
Sua mente estava povoada de gritos e sussurros. Queria calar a todos, calar o mundo, mas pareciam surdos aos seus apelos.
Queria reclamar com o universo, com o algoz, mas sabia que a culpada era somente ela mesma. Não atendeu às súplicas dos seus instintos, não ouviu os conselhos da vida, não quis ver os sinais escancarados. De nada adianta reclamar agora...
Nua, surda, rouca, encharcada de um suor amargo, jogou-se num banho suplicante, disposta a lavar sua alma impregnada de dor e raiva.
A água desceu pelo corpo trêmulo, promovendo o milagre da restauração do equilíbrio e da serenidade.
Embalou-se no cheiro do café quente e forte. Ela era assim, o morno, a metade, o mais ou menos não faziam parte dela. Ela sempre foi inteira, intensa e por isso sentia tanto.
Levaria um tempo pra digerir tal coisa, mas não se morre disso e todo mundo sabe.
Sorriu e percebeu a direção que tomaria. Sorriu novamente.
Quando se livra de determinadas coisas...não se perde nada.

Silvia Mara

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Surdo e cego...


Tenta ouvir somente as palavras ditas com a boca, sem dar atenção ao incansável conselho da intuição. O receio em enxergar o que é óbvio, o que dilacera sua alma, torna-o escravo de pensamentos tortuosos que o deixam inerte.
Está em chamas por dentro. Queima cada vez que escorrega da linha tênue da sanidade.
O que é dito com o olhar, com a falta de palavras, com a energia emanada é muito mais forte. Mas a vontade de não ouvir é ainda maior. Dói ouvir essas coisas.

Silvia Mara
 
 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Quem é você?

Não se conhecem nesses dias
Não sabem o que seus olhos vêem
Não sabem o que se passa dentro de suas almas
Toda intimidade se perde
Toda cumplicidade se esvai
Suas vidas se distaciam
Seus corações se distraem
São vidas diferentes que às vezes se unem
Mas precisam de RE-programação
São estranhos
Estranhos que se conhecem
Mas precisam de tempo para o reconhecimento

Silvia Mara

Mais uma...


E mais uma semana começa
Trazendo com ela os arroubos de realidade
Que cismamos em esconder no fim de semana

Que os passos sejam leves e firmes
Que tomem a direção certa
Que doces aromas permeiem os dias
Tornando o caminhar feliz e suave...


Silvia Mara

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Escala de um furacão


Enquanto o corpo vibra nove pontos na escala richter
E a alma gira na intensidade de um furacão

O coração vagueia na noite, sem dar bola pra emoção...

Silvia Mara

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Suavidade...


Quando coisas ruins penetram em nosso caminho, uma das mais imbatíveis armas de neutralização é a suavidade. Fomos treinados pela mentalidade ocidental a querer competir, retaliar, reagir com agressividade. Mas uma parte nossa, mais íntima e secreta, sabe que tais ações apenas alimentam a roda do sofrimento, que não cessa de girar. Cedo ou tarde, passamos a utilizar outro recurso psicológico: agir com graça, agir com afeto. É incrível como um sorriso suave é capaz de derreter um coração de gelo. Um ato gentil pode desfazer uma guerra. E, quando agimos assim, somos tomados por um sentimento indizível de felicidade. Porque, em essência, o ser humano é bom. Apenas se ilude, achando que ser malvadinho o torna mais interessante. No final das contas, não existem pessoas más, apenas pessoas tristes ou que acham que são a coisa mais importante do universo.
Não permita que pensamentos negativos abafem as chamas dos seus desejos.

Desconheço o autor 

Encontro...

Preciso do olhar que sufoca o ar
Transformando meus pulmões em balões vazios
Revirando minhas vísceras
Provocando intenções impublicáveis...

Silvia Mara

Asas pra longe...

E quando tudo estiver do avesso
Sem pé nem cabeça
Sem linha reta
Confuso
Bagunçado
Abra suas asas
Voe pra longe
Bem longe
Pra um lugar só seu

Silvia Mara

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Transformação


Quero metamorfosear a alma
Transformar o espírito
Adulterar o caminho escolhido
Diversificar vivências
Substituir a mentira

Quero sair de cena
Mudar a personagem
Alterar o roteiro
Modificar o texto

Cansei de falas repetidas
Diálogos mal escritos
Monólogos incompreendidos

Silvia Mara