domingo, 18 de abril de 2010

DELICIOSAMENTE SIMPLES...



Já vi muitas listas. A grande maioria com dez itens. Algumas requerem muito dinheiro, uma vez que precisamos viajar para conhecer todos os lugares citados. Outras poéticas, com atitudes cheias de simbolismos. Ainda tem as listas de metas para o ano novo, as de objetivos profissionais, as de coisas para fazer em casa e todas as esquisitas mesmo. Precisamos completá-las, todas, antes de morrer. Acho que precisaria de muitas vidas pra isso...

Pensando em todas elas percebi que tenho uma lista também, mas quanto mais pensava mais percebia o quanto simples me parecia completá-la e ao mesmo tempo o quanto é deliciosa executá-la.

Lá vai...

Comer manga. Mas não é tão simples quanto parece. Tem que deixar escorrer até os cotovelos, sem se preocupar DE VERDADE com o olhar estupefato de quem te olha paralisado.

Alcançar a coceira nas costas quando se está sozinho em casa. Vale recorrer ao pente, quina de parede, lápis, escova de cabelo, caneta, garfo...

Comer sorvete direto do pote de 2 litros vendo televisão. Mas só pode parar quando o resquício de bom senso grita no seu ouvido: “Olha para o pote agora!!! Já está acabando!!!”

Sair do banho sem se enxugar e ficar na frente do ventilador ligado no máximo. No verão isso parece água no deserto!

Gritar GOOOOOOOOLLLLLLL!!!! Sem comentários...

Comprar uma havaiana para tirar o sapato que mais parece um torturador profissional e dilacera seu pé em cada passo dado.

Tirar aquela pelezinha no canto da unha que te deixa com vontade de comer o dedo.

Cozinhar altas horas da noite, lá pela madrugada mesmo.

Espelho do banheiro embaçado no inverno depois do banho mais quente da história da humanidade.

Acordar tarde em plena segunda-feira.

Ajeitar a meia que estava dobrada, bem no dedo mindinho, dentro do tênis.

Não fazer nada. Isso mesmo. Cheeeeeeeeeia de coisas pra fazer e ficar sentada, só pensando em nada...

Ihhh, já tem doze coisas nessa lista. As coisas simples multiplicam-se no nosso dia-a-dia e nem nos damos conta.

Simples assim (“oi”)

Silvia Mara